E agora?
O que dizer às crianças sobre pedofilia?
A revista semanal americana Time http://www.time.com/ foi atrás da resposta.
Especialistas dizem que pais tendem a não pensar sobre o assunto.
E este é um grande erro.
O problema afeta toda a família e deve ser discutido abertamente em casa.
Quanto mais a criança conhecer o seu corpo, maiores as chances de ela reconhecer uma situação suspeita.
E as razões são simples.
Normalmente, os pedófilos são pessoas nas quais as crianças tem algum tipo de confiança.
E eles só agem quando têm certeza que a criança não vai contar nada a ninguém.
Muitos ainda ganham a confiança dos pais, ganhando livre acesso aos filhos.
É importante deixar claro aos filhos pequenos que não aceitem presentes especiais de adultos ou adolescentes "sem antes perguntar ao papai ou à mamãe".
Presentes são uma isca bastante usada pelos pedófilos para seduzir a garotada.
A criança também deve aprender a reconhecer mudanças nas atitudes de um amigo mais velho.
Ela deve saber notar que a situação não é a das mais normais, quando esse "amigo" demonstrar intenção de ficar sozinho com ela.
Uma vez que os pais ensinam aos filhos - e isso já pode ser discutido a partir dos 3 anos - a diferença entre um "bom toque" e "um mau toque", as crianças começam a ter noção do certo e do errado.
Outro ponto importante a ser reforçado é repetir a elas a seguinte idéia: "seu corpo pertence apenas a você; ele não deve ser divido com outros".
E mais: "se alguém vir ou tocar as suas partes íntimas, me diga imediatamente".
Se a conversa for levada neste tom, as crianças terão total compreensão.
Contudo, o que pode as confundir é que tudo isso tenha uma conotação sexual, algo que ainda não faz parte de suas vidas.
Por isso, a linguagem deve ser simples.
Ouvido pela Time, a psicóloga Leigh Baker, autora do livro em inglês "Protegendo seu filho de predadores sexuais" (St. Martin's Press), diz que a primeira linha de defesa da criança contra os pedófilos é sua percepção de si.
Pais devem ajudar às crianças a desenvolver sua autoconfiança e seus corpos, desde a época da primeira infância.
Eles devem responder a todas as perguntas que as crianças tenham sobre as partes íntimas do corpo, com naturalidade e sempre falando a verdade.
Crianças autoconfiantes são menos vulneráveis à pedofilia e sabendo que seus pais estão alertas, elas sentem menos medo.
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