31 de mar. de 2010
SÍNDROME DE PETER PAN
Peter Pan pode ser doce e irresistível.
O problema é quando ele resolve brincar de Capitão Gancho
Peter Pan, o menino que não queria crescer, abarcou uma legião de seguidores em pleno século 21.
São os “tios”, trintões e quarentões que ainda dependem dos pais, agem e se vestem como adolescentes, dedicam horas consideráveis à academia, adiam eternamente as responsabilidades (o casamento é uma delas), nunca param em um emprego e escondem a idade verdadeira a sete chaves. Soa familiar?
Esses eternos adolescentes sofrem da Síndrome de Peter Pan, um transtorno no qual as pessoas se recusam a aceitar sua idade real.
“Eles têm uma visão distorcida do que é ‘normal’ para a sua idade e não conseguem cogitar a hipótese de assumir as obrigações da vida adulta”, explica a psicóloga Neila Costa.
O resultado é um adulto imaturo, narcisista, egoísta e irresponsável – um menino em corpo de homem.
O problema da Síndrome de Peter Pan não é o envelhecimento físico (apesar de esta também ser uma luta da sociedade atual, como mostra o quadro ao lado).
No caso da Síndrome, a dificuldade é de amadurecimento pessoal, em vários níveis psicológicos.
“Na verdade, o lado moleque desse indivíduo revela a sua insegurança e o seu temor para lidar com situações que exijam maturidade” denuncia Neila.
HOMEM-MENINO
A rigor, a Síndrome de Peter Pan é predominante no sexo masculino.
Apesar de não haver uma resposta universal para isso, entende-se que, por motivos biológicos, a mulher amadurece naturalmente mais cedo.
O córtex pré-frontal das meninas, por exemplo, sai na frente em relação ao dos meninos.
Por isso, elas conseguem desenvolver mais cedo o raciocínio abstrato e o controle dos impulsos.
Com uma fase de amadurecimento mais tardia, o tempo possibilita ao menino “escolher”, por assim dizer, adiar essa etapa, o que leva ao desenvolvimento da Síndrome na construção de sua personalidade.
No entanto, a educação familiar e o contexto em que esse garoto viveu com certeza irão influenciar.
“Uma mãe superprotetora, por exemplo, pode fortalecer essa tendência”, aponta a psicóloga Neila.
Constatação óbvia: por trás de um homem-menino, é bem provável que haja uma mãe, que continua arrumando o seu quarto, dando palpite nas suas relações amorosas e ajudando-o financeiramente.
Se os homens são os “meninões” por excelência, são as mulheres que sofrem com isso – afinal, são elas que vão lidar com um parceiro infantilizado, que não está nem aí para o próprio comportamento.
Mas, em geral, basta um rostinho bonito, um sorriso doce e uma dose de charme para Wendy cair na lábia de Peter Pan e voar com ele para a Terra do Nunca.
Tudo vai bem, até ele resolver brincar de Capitão Gancho.
A armadilha se torna mais perigosa, se essa Wendy é, na verdade, uma Cinderela.
É que, entre as mulheres, a tendência é o desenvolvimento do Complexo de Cinderela.
Nessa síndrome, a mulher cresce acreditando na ilusão de que irá encontrar um príncipe encantado: o homem perfeito.
Imagine a confusão se ela decide que esse parceiro irresistível é o Peter.
BOM MENINO
Ao aprender a lidar com as suas emoções, Peter pode vir a ser um bom menino.
Se ele vier a estudar, trabalhar, enfim, construir algo com suas próprias mãos, o jeito carpe diem de levar a vida pode ser um atributo positivo e não-negativo.
Por exemplo: ele irá desempenhar a sua função profissional com responsabilidade, mas sem monotonia.
É importante, porém, desestimular a fantasia e cair na real.
Na prática, isso significa riscar da mente a idéia de que vai ganhar na loteria, casar-se com uma milionária e viver às custas dela ou, então, ganhar a vida viajando.
Via de regra, só obtém sucesso quem trabalha duro.
Em estágios mais avançados, o homem Peter Pan pode precisar de ajuda profissional.
Segundo a psicóloga Neila Costa, a abordagem formulada pelo psicólogo Karl Rogers é a mais adequada para o tratamento.
“Dentro dessa linha de terapia, existem três elementos fundamentais: a empatia, a consideração positiva incondicional (atitude de aceitação) e a congruência (o terapeuta comunica suas próprias sensações e percepções ao paciente)”, expõe{.}
SOCORRO, EU ENVELHECI!
Não confunda a Síndrome de Peter Pan com o medo de envelhecer, cada vez mais freqüente em nossa sociedade.
Neste último caso, as maiores vítimas são as mulheres, que enfrentam cobranças sociais desumanas, e vem daí a busca incessante pela beleza e juventude.
“Quando essa busca está ligada às questões emocionais menos conscientes, os resultados podem ser catastróficos, e motivar doenças como depressão ou distúrbios de autopercepção”, avisa a psicóloga Rosilene Lima.
Mas, cedo ou tarde, todos irão perder o vigor da pele.
Por isso, o melhor a se fazer é se preparar para lidar com o envelhecimento, desde o que diz respeito à saúde física, mental e espiritual.
Tenha em mente o conceito de processo, já que ninguém envelhece de um dia para o outro.
“A palavra processo nos permite uma melhor conscientização e preparação que devem ser pensadas e colocadas em prática durante toda uma vida”, ensina Rosilene.
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Temas
"A principal temática da história de Peter relaciona-se com o crescimento (ou não), querendo o personagem manter-se sempre criança, para assim evitar as responsabilidades da vida adulta. A Síndrome de Peter Pan tornou-se um termo psiquiátrico usado para descrever um adulto que receia os comprometimentos e/ou se recusa a agir conforme a sua idade.
Alguns comentadores vêem também um cariz sexual no personagem. Os beijos de Wendy, o desejo de Peter em ter uma rapariga da sua idade que pudesse ser a sua mãe, os sentimentos conflituosos para com Wendy e Sininho (ambas representando diferentes arquétipos de mulheres) e o simbolismo da sua luta com Hook (tradicionalmente protagonizado pelo mesmo actor que representa o pai de Wendy); tudo isto sugere uma interpretação freudiana com implicações sexuais."
FONTE
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http://www.tiosam.net/enciclopedia/?q=Peter_Pan
Embora ñ possamos comparar um pedófilo c/ portadores da síndrome d Peter Pan; muitos deles se utilizam desta síndrome p/ estar c/ crianças e praticar pedofilia c/ crianças.
Segundo notícias; o cantor Michael Jackson era portador da Síndrome d Peter Pan, cujo nome inclusive deu à seu rancho; " Neverland " (a "Terra do Nunca" de Peter Pan).